Duas perguntas importantes: Quantos anos você tem? Quantos anos você viveu? Reformulando: Quanto tempo você ainda tem? Quanto tempo você viveu? Parecem indagações iguais, mas são bem diferentes. Uma reflexão para pensar na vida que cabe dentro de cada tempo, a partir também de uma experiência vivida pelo escritor russo Fiódor Dostoiévski. Passado, presente e futuro convergindo nessa reflexão: FUTURABILIDADE. Argumento a partir do best seller Insight, de Daniel Carvalho Luz.
Já fiz a pergunta: Quantos anos você tem? Agora, vamos fazer uma outra pergunta: Quanto tempo você viveu? Pra responder essa pergunta tem o auxílio do livro Insight, e uma história que o Daniel Carvalho Luz conta na versão I do livro Insight, que fala de Dostoiévski.
É um daqueles acontecimentos que sacode as pessoas, Às vezes do seu lugar comum, da sua vida cotidiana e as coloca num outro nível, num outro estado de atenção. Foi o que aconteceu com o escritor russo do século dezenove, o genial Fiodór Dostoiévski.
Ele nunca foi uma pessoa ordinária, mas foi uma experiência em particular que lhe deu o discernimento e acabou abrindo a sua consciência e despertando também a sua sensibilidade e genialidade literária provavelmente.
Como um idealista Dostoiévski acreditava que a revolução era o seu destino também. O caminho que Deus lhe havia traçado, a justiça social, a igualdade. Juntando-se a um dos movimentos socialistas militantes que pareciam estar onipresentes na Rússia daquela época do século dezenove, ele estava lá também engajado por justiça. Entretanto, o seu esforço para derrotar o Czar não deu certo. Ele foi preso pelo Czar e também foi sentenciado à morte.
Ele não morreu. Ele viveu muito tempo ainda. Mas, só pra entrar na história do que aconteceu com ele, aqueles que desafiaram o poder totalitário do Czar foram submetidos à uma cruel tortura psicológica pelo Czar. Tiveram seus olhos vendados diante de um pelotão de fuzilamento. As ordens de preparar, apontar e fogo foram dadas e lá estava Dostoiévski, no paredão. O som dos tiros foram ouvidos. Mas as balas eram de festim. As vítimas tinham sido submetidas à uma tortura emocional com o objetivo de levá-las à morte psicológica.
O processo foi idealizado para destruir a vida emocional das vítimas do Czar, mas no caso de Dostoiévski ironicamente o proporcionou uma maneira inteiramente nova de ver a vida. Em face da morte ele passou a ter uma percepção realista da vida. Aprendeu a apreciar então cada momento da vida, como se fosse o último momento. Então tudo o que era ordinário passou a assumir uma grande importância e foi curtido por ele.
Quando ele comia refeição, concentrava-se no gosto. Mastigava devagar, saboreava cada mordida porque acreditava ser esta a sua última refeição. Quando andava pelo pátio da prisão respirava profundamente, estufando os pulmões, apreciando como nunca havia feito antes, o ar que era abundante. O condenado Dostoiévski cada momento, cada experiência viveu, a partir de então, com profundidade, com sensibilidade e com emoção.
Ele estudou também o rosto de cada um dos soldados que tinham a tarefa de torturá-lo. Por que ele estava convencido de que aquele seria o último rosto que veria, ainda assim ele apreciava aquela cena que vivia. Dostoiévski viveu face a face com a morte. E mais tarde ele veio a confessar que viveu muito mais nos momentos em que estava convencido que seriam os últimos momentos de sua vida. Havia aprendido perante a morte, a viver como antiga advertência latina, Carpe Diem – Aproveite O Dia.
Então fica a nossa pergunta pra reflexão de hoje: Quanto tempo você viveu, nesse tempo que você está no mundo? Qual a qualidade de vida que você tirou desse tempo? O que você viveu realmente, profundamente com presença?
Quantos anos você tem, do que você tem pra viver?
Qual é a qualidade de vida que você tem vivido?
Você é uma pessoa disposta a acreditar? Imagino que você acredite em muita coisa e também em um Deus. E Deus pode acreditar em...
“Existe o inesperado, existe a sorte e existem as pessoas que sabem aproveitá-los” Eddie Barclay. Quem está presente no momento percebe as janelas de...
Proatividade. Não espere que alguém faça por você aquilo que você já sabe que precisa ser feito. Use sua consciência, competência e poder para...